terça-feira, 17 de maio de 2011

Circuito Popular de Corrida de Rua da Cidade de São Paulo - Etapa de Butantã (15/05/2011)


Enquanto a cúpula da Equipe 100 Juízo e demais súditos seguiam para a disputa da 16ª Volta da FEG em Guaratinguetá, em sentido contrário, seguíamos em rota para a Capital Paulistana para participar da oitava etapa do Circuito Popular de Corrida de Rua da Cidade de SÃO PAULO, a Etapa de Butantã.

Vai ficar para o próximo ano a oportunidade de prestigiar e correr no Campus Universitário da FEG/UNESP. Evento que só tenho escutado elogios de nossos amigos e companheiros de equipe, que nesta edição não seria diferente em virtude da boa representatividade de nossa família.

A preferência da prova de São Paulo se deu pelo atrativo de sua gratuidade na realização de sua inscrição, apenas necessário a doação de 1 kg de alimento não perecível na retirada do kit no dia do evento, e de também pelo percurso de 5 km. Assim seria possível a participação da Juliana na corrida (na Etapa de Santana ela participou como caminhante!), já que a prova do Vale ofertava uma distância maior, a de 8 km e talvez ela não se sentisse preparada para esse desafio, neste momento, mas estará em breve!

Contamos também nesta jornada com a agradável companhia do nosso amigo e companheiro de equipe, o triatleta Adriano Vergueiro, incentivado por mim a participar da prova aceitou o meu convite. Assim como ele é veloz nas pistas, também conseguiu ser ao acessar o site e confirmar a sua vaga antes que as inscrições fossem encerradas. De passaporte na mão, agora era só embarcar na nova aventura rumo a região conhecida pelo seu Instituto responsável pela produção de soros e vacinas consumidas no Brasil.

Marquei com o Adriano de encontrá-lo em frente da portaria da Avenida Andrômeda do Shopping situado no bairro Jardim Satélite. Alguns minutos de atraso da minha parte do horário combinado, o encontrei. Após me seguir e com o seu carro devidamente estacionado em frente ao meu condomínio em segurança, partimos.

Fiquei um pouco preocupado com o atraso, pois não conhecia o local da prova. Ainda mais pelo trauma causado com a correria na chegada para a prova da Etapa de Santana, a terceira etapa do circuito realizada em 03/04/2011. Saiba mais!

Depois de rodar pela Rodovia Presidente Dutra, pela Marginal Tietê, passar pela Marginal Pinheiros, tínhamos que chegar até a Ponte do Jaguaré, a principal referência do meu mapa “tabajara” improvisado impresso da internet (GPS urgente, please!). Chegando neste ponto já se via a faixa de sinalização informando que a via local estaria interditada para a prova. Como o acesso para a Av. Escola Politécnica naquele ponto não era possível, então seguimos mais a frente pela própria Marginal Pinheiros até encontrar a próxima entrada à direita. Entramos numa rua e acessamos a Av. Vital Brasil, naquele momento a única alternativa foi parar o carro em um posto de gasolina e perguntar pelo paradeiro da Av. Escola Politécnica. Com a explicação do frentista não foi difícil chegar, mas demorou um bocado (eita Av. Corifeu de Azevedo Marques que não acabava nunca!). Eu, a Juliana, e o Adriano ficamos bem tensos durante a caçada ao local da prova, e era pra ficar mesmo, faltava pouco tempo para a largada.

Transpondo a extensa avenida chegamos até um cruzamento e pegamos o sinal vermelho, então perguntamos a uma pessoa parada ali na esquina, pelo menos tudo indicava que estávamos bem perto, o modelito esportivo do camarada denunciava que perto dali um evento pedestriano estava prestes a acontecer. BINGO! Veio a confirmação, entramos à direita e presenciamos a atmosfera do evento. A estrutura montada, com suas tendas, o pórtico e pódio de premiação, a movimentação dos atletas, ou seja, aquele clima bacana que precede um espetáculo esportivo que é a corrida de rua. Demoramos um pouco para achar um lugar para estacionar o carro e faltando poucos minutos para o inicio da prova fizemos uma boa caminhada até chegar ao nosso destino final.

Cada um dos três membros da Equipe 100 Juízo se posicionou em sua respectiva fila indicada pela primeira letra do nome. Na fila da letra R a retirada do kit foi tranquila, até porque já chegava a hora da largada e quase todo mundo já estava de posse de seus kits e concentrados para a prova.


Em tempo recorde ficamos prontos com a colocação do chip e número de peito. Já se passava das 8 horas quando as autoridades locais discursavam. Desejei boa prova ao nosso companheiro Adriano que foi se alinhar no grid de largada e logo em seguida ao som providencial do hino nacional fiz um rápido aquecimento, correndo até o toalete mais próximo, ou se preferir, banheiro químico (ahhh...!!), para um pit stop emergencial (embalado pela sugestão da Juliana que também que se aqueceu também minutos antes!). Na hora até pensei, ainda bem que o hino nacional é longo, deu tempo de fazer “xixi” (rsrs...!) e nos alinhar (eu e a Juliana) na multidão e participar da contagem regressiva 7 minutos depois do horário previsto da prova (nada a reclamar!)

Últimos cumprimentos de boa prova e então partimos pela Av. Escola Politécnica !!

Em franca recuperação da lesão me sentia bem confiante, ainda mais pelos dois únicos treinos realizados na semana que deram mostras que as dores estão ficando cada vez menores, mas também ao mesmo tempo cauteloso para não deixar a empolgação me contagiar e colocar tudo a perder.

Logo nas primeiras passadas a sensação foi muito boa, total ausência das dores naquele momento. Desejei que fosse mantida a agradável surpresa durante toda a prova. E de fato aconteceu (viva!).

Antes que chegasse o km 1 me arrisquei a perguntar a um corredor se ele morava na região e se sabia sobre possíveis subidas ao longo da prova, disse ele que não era dali e que talvez tenha chutado ao responder sim na segunda pergunta. A larga avenida ajudou bastante na dispersão dos corredores, permitindo manter um bom ritmo sem se preocupar com o tradicional congestionamento humano bastante conhecido na maioria das provas que participamos.

Aproximadamente de frente para a portaria do Campus da Cidade Universitária / USP o km 1 chegava ao fim. O pace aferido pelo relógio indicava 05:10 min/km, bem além das minhas expectativas. A manhã fria não me desanimou, pelo contrário foi bem-vinda, ao contrário dos caldeirões infernais dos primeiros meses do ano. Por determinados momentos discretamente o Sol aparecia no cenário, mas logo sumia.

Mantendo o percurso plano um pouco antes do km 2 fizemos um grampo e retomamos pelo outro lado na avenida. Pouco metros depois já se via o primeiro e único posto de hidratação. Passei batido por ele por julgar não ser necessário abrir mão da hidratação. Me sentia muito bem, até porque antes da largada fiz uso do gel de carboidrato acompanhado de um copo d’água para auxiliar na ingestão do suplemento. No final do km 2 registrei o meu melhor pace do dia 05:05 min/km bem próximo da fase que precedia a lesão.

No trecho praticamente de reta do km 3, 05:19 min/km, a partir daí começava a sentir a falta de ritmo e o cansaço me abateu. O pace começou a despencar e depois de fazer o segundo grampo na avenida, o balanço do km 4 foi de 05:27 min/km.

Durante os grampos, sempre em sentido oposto, se via a vitalidade e disposição do Adriano. Em sintonia, alternávamos gritos de incentivos um para o outro em nossos encontros.

Foi quase chegando ao terceiro e último grampo (ufa!) que avistei e saudei a Juliana que seguia concentrada e firme, e sempre se superando e melhorando cada vez mais seu desempenho nas provas (Parabéns amor!).

Já no último trecho após virar a direita no grampo, quase disposto a manter o pace do km anterior, seguia em sentido ao mesmo pórtico de início da prova. Me surpreendi pela grata companhia do meu amigo e parceiro de equipe que veio em meu resgate, depois de completar a sua ótima participação na prova, que por pouco não quebrou a barreira dos 20', acompanhado de palavras de estímulo e de apoio que foi responsável pela reação e pela segunda melhor marca do dia, 05:09 min/km. O percurso tinha mais do que 5 km, e então nos 120 metros, sabendo que se forçasse um pouco mais o ritmo ganharia uma ou duas posições. Então arranquei um tiro curto que me rendeu uma colocação melhor na prova e um pace de 03:44 min/km. Ao cruzar a linha de chegada cheguei sem fôlego, exausto e muito cansado. Tive que me apoiar nas grades laterais na dispersão para me recompor. Talvez por um momento e pela primeira vez tive a sensação que todos chamam de “sangue no zóio” que me orgulho de ter alcançado!

Voltei para a pista correndo para o resgate do meu amor. A encontrei caminhando, havia desistido de prosseguir correndo. Abriu mão de sua prova no km 3 em uma demonstração de solidariedade ao prestar ajuda a uma pessoa que passou mal próximo a ela durante a prova. Mas ainda tinha energia para finalizar os últimos 600 metros correndo ao meu lado e fez bonito, parabéns!

Um ótimo percurso, totalmente plano, direito a uma bonita camiseta, medalha, certificado de participação, suco e um torrone de amendoim, uma tenda de avaliação física, sorteios de brindes, e principalmente pela promoção da integração social e da atividade física, oferecendo provas de pedestrianismo com estrutura profissional, gratuitamente, democratizando o esporte, faz deste Circuito um modelo muito bem sucedido para ser seguido por todos.
Meus agradecimentos em especial para a Secretaria de Esportes de São Paulo pela ótima organização do evento.

Abraços e até breve!

Resultado:




Resultado na Web:
http://www.cronoserv.com.br/resultados/2011_05_15_SEME8__geral_mf.TXT

Álbum de Fotos

http://connect.garmin.com/activity/85773554

6 comentários:

  1. Beleza Ronnie!! Pelo jeito 100% curado !! Parabéns pelo relato, bem completo e parabens tb a patroa que tá firme nas corridas.

    Abraço
    Fabio Matheus

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  2. Ótimo relato meu bem! Vc é bom nisso, tanto quanto é bom pra correr(literalmente) atrás dos seus objetivos. Parabéns!! Ahhh, vc foi um cavalheiro indo me buscar já quase no finalzinho, quando eu já tinha perdido o pique, me incentivou a terminar com garra. Obrigada! Sempre vale a pena fazer uma boa ação. Bjinhossss...

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  3. Bravo, Ronnie! Parabéns a você e também à Juliana e ao Adriano pela participação, representando muito bem a 100 Juízo na terra das cobras criadas... Excelente relato, como sempre, contando de forma muito interessante os detalhes de mais essa aventura. Bom te ver resgatando as passadas firmes e, aos poucos, voltando a correr como antes. Siga se cuidando bem e a evolução certamente será rápida e contínua.

    O hino já me salvou em algumas ocasiões também, hehehehe... A gente fica sempre torcendo pra que seja cantado, porque senão pode ficar só na primeira parte mesmo!

    Grande abraço e até as próximas!

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  4. parabéns !!! corrida de orientação e corrida de rua em um único dia. Vamos enfrente !!!

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  5. Parabéns parceiro, estava rindo sozinho aqui ao ler o relato, perfeito.
    Como eu te disse na volta para SJC, durante a corrida eu não percebo estes detalhes, quero só pegar o " marvado " que me ultrapassa.
    Lendo os relatos das corridas eu consigo voltar para elas e me misturar na multidão. Simplesmente fantástico!

    Valeu pela companhia, pela corrida e pelo relato.
    Show de bola!

    Adriano TRI

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  6. Ae Ronnie, belo pace hen... noto que está de volta e muito bem ! Parabéns.
    Hino nacional longo kakakak... essa foi boa e as vezes um atraso (pequeno) ajuda né !
    Abrx e até breve.
    Michel
    http://bmw-runner.blogspot.com

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