segunda-feira, 28 de março de 2011

Corrida Circuito Saúde Oba Hortifruti - Campinas/SP (27/03/2011)

O mundo das Corridas de Rua é fantástico, digo não só pelos benefícios à saúde ou no resgate da auto-estima do individuo, mas sim pela sua força poderosa em se fazer novas amizades. Foi nesta idéia que mergulhei de cabeça na próxima aventura corrística da semana rumo à cidade de Campinas/SP.

No meu calendário de provas o compromisso do dia 27 de março já tinha sido agendado para a Corrida e Caminhada pela Saúde da Mulher da Volkswagen, com inscrição gratuita e por enquanto sem a abertura do Circuito Joseense de Corridas de Rua 2011, temos que buscar alternativas de provas na região, e neste dia teríamos o 2° domingo consecutivo de provas na cidade de Taubaté, inclusive já havia marcada minha presença no domingo anterior na Corrida General Salgado, seria uma boa pedida para esta data.

Foi então que seduzido por um sorteio na rede social, o Twitter, promovido pelo corredor e blogueiro Leonardo Nista (@leonista) para uma prova na cidade de Campinas chamada de Corrida Circuito Saúde Oba Hortifruti. Como no Twitter somos tentados a arriscar em qualquer promoção, ou às vezes em algumas delas, comigo não foi diferente e dei um “RT”. Sem nenhuma pretensão em ganhar a inscrição para a prova, já que as minhas estatísticas de ganhar alguma coisa sempre foram perto de 0%, não levei muito a serio de ser um ganhador em potencial. Sorteio para lá e sorteio pra cá, nada! Foi até quando o papa promoções da Internet, o amigo e companheiro de Equipe 100 Juízo, Fábio Namiuti (@FabioNamiuti) arremataria a sua inscrição. Me animei e vislumbrei uma possível companhia e parceria para trilharmos juntos até Campinas, mas antes eu precisava ganhar a minha credencial. Os dias que se sucederam foram regados de muita ansiedade até que no último sorteio, a minha vez tinha chegado. Tinha que ser sofrido mesmo, mas enfim, me tornei um dos sortudos na promoção.

Quando fiquei sabendo que o Fábio Namiuti não iria mais para Campinas, pois já tinha combinado com seus tios de levá-los para a caminhada da Saúde da Mulher da Volkswagen no qual ele também estava inscrito para a corrida de 6 km em Taubaté (justificativa mais do que plausível), aceitaria o fato de ser o único membro da Equipe 100 Juízo na prova com a minha aparição solo como corredor no evento. Já que a minha fiel escudeira e adorável namorada, Juliana (@Ju_Oliveira22), também embarcou comigo nesta saga.

Após trocas de mensagens no Facebook e no Twitter, garantindo que tudo estava certo, confirmei a minha participação com o Leonardo Nista. Enviei os meus dados conforme solicitação, e sem me esquecer de pedir o seu contato telefônico para que nada pudesse dar errado no dia.

Os dias foram se passando e a data prova chegando. Fiquei sabendo que outros amigos do Twitter também participariam da prova, Ivone (@ivonefalcirolli), Kadu (@KaduGuidugli), além do Allan (@allanddc). Foi aí que fiquei mais alegre e mais contagiado com a idéia de cair na estrada mais uma vez. Tive a oportunidade de conhecê-los na 4a Kailash Trail Running, uma prova em trilhas realizada em 18 de dezembro do ano passado no Distrito de Souzas, da qual também participei com uma inscrição ganha no Twitter.

Conheceria no dia uma galera de alto astral que também marcaria presença na prova, como o Augusto (@Augusto_VamosCo), Márcio @MarcioAMCabral, Leandro (@leoamorimtw) e Rodrigo (@r_m_xavier).

É neste sentido que iniciei o meu relato, da capacidade que este esporte que tanto amamos tem em fazer novos. Temos o privilegio de ser presenteados com por esta façanha.

Chegou a véspera da prova e despertador do celular ativado para tocar as 4h. Por incrível que parece acordei um minuto antes dele tocar, as 3h59, e imediatamente o desativei. Após ritos executados e apetrechos devidamente alocados nas bolsas, deixamos o QG às 5h12 da matina e de um aterrorizante cenário do crepúsculo de uma madrugada.

Do crepúsculo da madrugada à alvorada do nascer do dia. Após rodar um tanto que perdidos por algumas avenidas da cidade e com o auxílio dos cones de sinalização de trânsito isolando o trânsito local do percurso, desembarcamos em um bom horário na Praça Arautos da Paz, o local da prova as 7h15.

Logo avistaria o imponente pórtico com nome da prova “Corrida Oba”, várias tendas na praça de evento, corredores se aquecendo, uma galera bem animada, ou seja, aquele ambiente gostoso que antecede uma prova de corrida de rua.

Seguindo a tradição, reservamos um tempinho para uma sessão de fotos pré-prova para registrar os bons momentos e para poder compartilhar com os amigos. Dirigimos então para o ponto de encontro ao lado do guarda volumes para encontrar e conhecer pessoalmente o Leonardo para retirar o meu kit.

Chegando lá já encontro com o Allan que me dispensou as primeiras receptividades da casa e me orientou sobre o paradeiro do organizador do sorteio do Twitter. Não conseguindo encontrá-lo no lugar indicado, então em um ato de desespero lancei mão de um dispositivo vital, o celular. Liguei para o nº me passado, escutei um eco esquisito quando esperava ser atendido, que na verdade era o celular dele tocando na minha frente. HEHEHE...

Agenda de protocolos diplomáticos executada, e mais algumas fotos para a galeria, e kit entregue. Percebi logo que as camisas do evento tinham a numeração de peito estampadas em si próprias, descartando a necessidade do uso dos tradicionais alfinetes usados para prender o número de peito nas camisas. Então imaginei uma possível obrigatoriedade de correr com camisa do evento, isso me impediria de usar a gloriosa “farda” cítrica da Equipe 100 Juízo. No ato da retirada no meu chip fiquei mais aliviado com notícia que não era obrigatório o uso da camisa, porém correria sem numeração de identificação, talvez fosse confundido como um “pipoca”, mas o chip preso ao tênis era a garantia da minha inscrição na prova.

Então com quase 15 minutos de antecedência me dirigi ao local na largada, queria um lugar mais privilegiado e ficar um pouco distante da turma do fundão, reduzindo o risco de encontrar algumas muralhas humanas mais a frente. Fiquei ali bem confortável na posição escolhida, sem aquela muvuca de gente se apertando que estamos acostumados a ver em provas por ai afora. Galera educada e paciente!!

Enquanto aguardava a largada, trocas de olhares e palavras de incentivo vindo da Juliana, que me fomentava cada vez mais a fazer uma boa participação. Daria o melhor de mim, no que fosse necessário.

Ao som da buzina às 8h7 foi dada a largada, com 7 minutos de atraso, que considero tolerável. Tentaria mais uma vez rodar abaixo de 05:00 min/km e fazer um sub 40 min. Logo de inicio achei um pouco estreito o trecho da avenida nos primeiros 500 metros, talvez pelo grande fluxo de corredores neste primeiro momento. Segundo o organizador do evento foram disponibilizadas inscrições para 2.000 atletas e até dias antes da prova foram esgotadas. Superado os primeiros 500 metros, sem maiores prejuízos causados pelos menos velozes, veio logo de cara a primeira subida, saindo da Avenida Doutor Heitor Penteado, pegamos uma rua contornando à esquerda com uma subidinha forte, íngreme, mas não progressiva e entramos na Avenida Júlio Prestes. Com a muita disposição e o com o gás total de inicio de prova, o 1 km foi superado e fechei com o pace de 04:42 min/km. Agora na Avenida Júlio Prestes veio um bom trecho de descida até o 2 km, procurei ser cuidadoso para não fazer uma corrida de tiro ou causar uma lesão, mas mesmo assim consegui um bom pace, 04:39 min/km. Se mantivesse este pace, chegaria e com folga no objetivo traçado, um sub 40 min.

Mas foi já no 3 km, na Avenida José de Souza Campos, que as pernas começaram a pesar e um tempo depois, o incômodo de dores, talvez por conseqüência da falta de recuperação da Corrida de General Salgado (uma corrida bem difícil) e agravado pelo excesso de treinos durante a semana. Até tentei me esforçar em fechei com 05:09 min/km.

Com uma subida progressiva, que iniciou no 3 km e foi até a metade da prova, no 4 km, veio o abatimento, e com ele a companhia daquela voz da consciência que pede pra gente desistir e pergunta, o que eu estou fazendo aqui? Pois é, o fator psicológico quase me derrubou. Prova disso foi fechar em 05:40 min/km.

Chegando a este ponto então, passando por um túnel refrescante (momento auge da prova e inédito para mim) que veio numa boa hora, apesar de sentir a sensação de alivio do calor bem rápido, mas ajudou, retornamos pelo sentido contrario da avenida. Fiz uso do gel de carboidrato, como de costume.

Vale ressaltar os vários postos de água ao longo do percurso, pelo menos na minha conta foram uns 4. Lançaram do uso de garrafinhas em vez de copos. A curiosidade é que no começo as garrafinhas eram distribuídas sem suas tampinhas, já devidamente retiradas pelo pessoal da organização, e mais a diante, esta tarefa ficaria a cargo de cada corredor. O que de certa forma é ruim, pois acabamos perdendo a concentração da prova.

Nos 5 km e 6 km, parece que os Deuses ouviram a minha preze, e me presentearam com um conjunto de descidas que rendeu um boa reação para quem já estava quase jogando a toalha, fechando em 05:09 min/km e 05:15 min/km. Mesmo assim, a esta altura da prova, já estava ciente que a meta ficaria para uma próxima oportunidade, e que completar a prova estava de bom tamanho.

Até então, não sabia que em Campinas eles também tinham a sua Avenida Brigadeiro, mas foi no 7 km que o bichou pegou. Com os Deuses enfurecidos, veio o castigo dos céus. 1 km inteiro de pura subida meio a curvas na Avenida José de Souza Campos até chegar novamente na Avenida Júlio Prestes. Para não desaminar comecei a correr olhando para o chão, assim não ficaria olhando para pedreira interminável sem sucumbir. Não poderia esperar nada melhor do que fechar esse martírio com 06:00 min/km redondos. Pelos não caí na tentação de experimentar uma caminhada como muitos que passaram por ali.

Os Deuses devem estar Loucos!! Faltando o último km, caiu do céu novamente uma boa descida que todos os corredores gostam para um sprint final, e comigo não foi diferente. Aproveitei um pouco da energia que me restava, e pisei fundo. Terminando a Avenida Júlio Prestes, caímos na Rua Vital Brasil, que de longe já dava pra ver a arena de chegada. Avistando as tendas, escutando o som do locutor, e sabedor que mais uma demonstração de superação chegaria ao fim. Fiz o grampo na mesma rua e fui de encontro ao pórtico. Olhei para trás para me certificar que a minha posição não seria ameaçada, e cruzei a linha de chegada com tranqüilidade e com 04:48 min/km no 8 km.

Cravei no relógio um tempo de 41:58 e pace médio de 05:10 min/km. Notaria também que o percurso tinha um pouco a mais de 8 km, exatamente 8,11 km.

Fui me recompor, e retomar o fôlego com direito a bastante hidratação num posto de água montado logo perto da chegada. Encontrei o Leandro e conheci o Márcio (veio de Passos/MG para correr) na dispersão, conversamos um pouco e depois segui para encontrar a Juliana em frente ao pórtico.

O kit pós-prova era composto de uma bonita medalha, suco de coco e de uma fartura de frutas (banana, maçã, pêra, melancia, melão e uva) de ótima qualidade e todas dispostas em mesas separadas para que os atletas pudessem se servir à vontade.

Assim segui eu a Juliana para encontrar a galera para nossas últimas conversas, fotos e despedidas. Agradeço à todos pela simpatia, cordialidade e, e principalmente pela amizade, que daqui pra frente, mesmo que de longe, terão um lugar especial a minha vida!! Valeu, e espero vê-los em breve. Abraços....:-)

Aproveito para parabenizar a organização da prova pela excelente estrutura e qualidade do evento. Gente de competência que não deixou faltar nada para ninguém. Gente que respeita, valoriza e se preocupa com o bem estar de nós corredores.

Obrigado galera! Abraços, Ronnie.

Resultado: Tempo Liquido: 00:41:58 (líquido, 00:41:56 na lista oficial)
Colocação: 39º na classificação geral, só que saí na lista geral da modalidade feminina (Tá me estranhando. Sou espada!!!)
Resultado na Web: http://www.ativo.com/Eventos/verResultados.aspx?idEvento=4227&area=resultados
Álbum de Fotos
http://connect.garmin.com/activity/75817153

domingo, 20 de março de 2011

XXVI Corrida General Salgado - Taubaté/SP (20/03/2011)


Enfim, depois de quase um mês de sem participações em provas de corridas de rua, chegou a hora de quebrar o jejum. E como a palavra estréia (no meu caso) está em moda, o dia de hoje foi marcado pela minha primeira participação na Corrida General Salgada e também a inclusão de uma nova cidade no mapa do meu roteiro de aventuras corrísticas. Isso mesmo! Fui debutante em Taubaté, e, diga-se de passagem, escolhi muito bem a ocasião nesta prova tradicional e renomada de nossa região.

Desta vez não tive a companhia da minha fiel escudeira e namorada Juliana que tanto me apóia e se faz presente em 99% da provas que participo. Resolvi dar um descanso merecido para ela. Achei que iria sozinho, até tinha postado dias antes no Facebook um recado oferecendo carona para aqueles que poderiam ter alguma dificuldade de logística até Taubaté, mas ninguém havia respondido, mas foi na noite de sábado que recebi uma mensagem do amigo e companheiro de equipe, Fábio Namiuti me perguntando se teria uma vaga na minha viatura, pois a Janete e o Dudu não iriam mais, e depois de trocas de algumas mensagens, ficou combinado às 7h o embarque em frente ao prédio do Fábio. Achei melhor chegar com uma boa antecedência no local da prova, uma vez que o meu kit da corrida tinha sido gentilmente retirado pelo também amigo e companheiro de equipe, Fábio Matheus, no dia anterior e disse que estaria antes das 8h no final da parte coberta da Av. do Povo me esperando para a retirada do mesmo. Quase que pontualmente, seguimos então para o nosso destino, debaixo de uma fina garoa.

Garoa mesmo só em São José dos Campos. Chegando a Taubaté, e após aventurarmos por alguns desvios alternativos no trânsito devido à interdição da rota original, enfim chegamos às 7h45 aproximadamente na Av. do Povo, local da largada. Deixei meu carro ali mesmo estacionado em um local bem privilegiado (acredite se quiser...): em frente a um micro-ônibus da policia militar que seria utilizado como guarda volumes mais tarde (isso que é segurança). Mesmo sendo alertado que após a chegada da prova, em frente ao Quartel do 5º BPM/I “Gen Salgado”, ainda uma boa caminhada me esperaria para resgatar a minha carroça velha de guerra!!

Desembarque feito. Logo encontramos os companheiros de Equipe 100 Juízo, como o Juarez, o Toninho, a Roseli, o Luiz Carlos, o Fábio Matheus (com quem retirei o meu kit da corrida com total tranquilidade. Valeu pela força parceiro!), e os estreantes do dia na Equipe 100 Juízo, o Adriano Vergueiro, e o casal Cris e Marcelo, além é claro de nosso ilustríssimo Capitão Zebra e demais membros da equipe.
Encontrei também alguns colegas de Embraer, entre eles o Robson Veja, o Ednei Cesar e mais no final da prova, o Vanderlei Gorges. Parabéns pela participação na prova. Espero revê-los nas próximas.

Como um de nossos estreantes do dia, o Adriano Vergueiro ficaria sem a farda, imediatamente ofereci a minha farda azul n° 2 a ele para que não passasse em branco. Afinal toda estréia é especial, e caracterizado com o uniforme da Equipe 100 Juízo todos reconheceria mais um "Malucos do Asfalto" na área, e até brinquei com ele que o manto lhe daria sorte, e de fato deu, mas graças também a sua garra e sua superação. Excelente resultado amigo, parabéns!

Com o kit na mão e guardado no carro, chip no tênis, sessão de fotos encerradas e conversas postas em dia, segui para o local de concentração para largada, e me posicionei juntamente, sem qualquer aquecimento (me aqueceria durante a prova), com os companheiros de equipe, João Georges, Juarez e Elizeu, em um espaço intermediário entre a turma da frente (elite) e a turma de trás (maioria de iniciantes). Com direito a contagem regressiva, pontualmente às 9h a foi dada a largada.

Passado o grande objetivo do primeiro semestre, que foi Meia Maratona Internacional de São Paulo (Yescom), enquanto não chegar a Meia Maratona internacional do Rio (21/08/2011) – objetivo do segundo semestre, além a Corrida São Silvestre 2011. Agora a meta é melhorar a performance e o resultado na distância dos 10 km, sempre mirando um sub 50 e como objetivo principal até o final do ano, tentar chegar aos 45 minutos. Sei que não será tarefa fácil, mas não posso desistir sem tentar. Com muita garra, dedicação, determinação, disciplina e força de vontade qualquer desafio é vencido!!

Tenho elevado o estresse durante os últimos treinos, mas com cuidado para não me lesionar, de forma que o meu corpo se adapte as condições de mudanças e se recupere ao correr. Foi pensando nisso que tracei a estratégia para a prova de hoje. A confiança estava em alta, obtida através dos resultados dos treinos realizados na semana.

Iniciada a largada, disparei, apesar das tradicionais muralhas humanas presentes na maioria das provas de grande adesão pública, no 1 km fechei em 04:35 min/km, nem a subidinha inicial foi párea pra mim. Continuei firme, buscando no GPS manter um ritmo sub 05:00 min/km. Mais a frente veio a confirmação, no 2 km fechando com 04:46 min/km e no 3 km em 04:54 min/km. Sabia que se continuasse com esse ritmo médio o resultado no final seria espetacular, talvez o meu melhor tempo nos 10 km, mas também ciente de que a prova só estava começando.

Fato inusitado foi ver alguns soldados distribuindo água em pontos, todos voluntariosos e gentis na prestação de seus serviços de modo que nenhum atleta ficasse sem seu copo de água. Mesmo que não seja um serviço de cunho militar ou algo parecido desempenharam suas funções com muita destreza e responsabilidade. Outro ponto a ser elogiado, deve-se ao isolamento do trânsito muito bem efetivado pela policia militar, que no meu caso, corri em segurança, sem qualquer tipo de prejuízo, e nenhum incidente, que eu saiba, foi comentado por nossos colegas de equipe. Deixo registrada a minha satisfação quanto à organização destes dois aspectos.

Bem, voltando a prova, nem tudo é bom ou nem tudo são flores, comecei a rodar acima dos 05:00 min/km nos 4 km, 5 km e 6km, fechei na média com 05:13 min/km. Comecei a sentir um incômodo nas pernas, acredito que decorrente do treinamento forte da semana, manifestada por dores musculares, que de certa forma afetou-me psicologicamente e que me custou caro. Tive um verdadeiro apagão. Agravado por um trecho de subida do 7 km (parte final da Av. Profº Walter Thaumaturgo e trecho da marginal da Dutra da Av. Bandeirantes) e aliado por clima quente e insuportável naquele instante, que me rendeu um ridículo “bronzeado regata”, me rendi a um 05:50 min/km. Com todos estes ingredientes a receita só seria mesmo um pesadelo!!!

Mas não poderia colocar a prova no lixo depois de um começo arrasador. Não sei se foi pelo efeito do Gel que tomei no 5 km, ou pela mudança de atitude exteriorizada por uma força maior dentro de mim, ou as duas coisas juntas, mas de fato voltei a sentir a mesma confiança inicial e comecei a esboçar uma reação. Reagi, e foi na 2ª subida, na R. Mal. Arthur da Costa e Silva, passando pelo 8 km e pelo 9 km, que foram registrados os ritmos de 05:28 min/km e 05:26 min/km respectivamente. Agora só faltavam 1.000 metros, só queria completar a prova de forma digna, já que o sub 50 não seria mais possível, então a idéia seria continuar neste ritmo até cruzar a linha de chegada. Foi então quando um corredor veterano que vinha em um ritmo mais forte me ultrapassou, com uma mudança nos planos decidi usá-lo como coelho, e deu certo, apertei mais a minha passada e lhe devolvi a ultrapassagem e sentia que ainda me restava um último suspiro para um "sprint final", além de defender a minha honrosa posição, sem sequer ser ameaçado por outro corredor, resultado: conclui o 10 km com o surpreendentemente ritmo de 04:51 min/km. De alma lavada pela chegada triunfal e ciente de que fiz o meu melhor possível, no geral, fiquei satisfeito com a minha participação na Corrida General Salgado.

No resultado oficial do site da Cronoserv fechei a prova com um tempo líquido de 51:49 – pace 05:10 min/km (no Garmin Km 10,09 – Tempo 51:56 – pace 05:08 min/km).



Missão cumprida. Segui para dentro do Quartel do 5º BPM/I “Gen Salgado” para retirar o meu kit pós prova (recheado de coisas boas: chocolate, pão de mel, torrone, frutas, barrinha de cereal, suco e iogurte, além de uma toalhinha) e medalha, que é até mais bonita do que da Meia Maratona Internacional de São Paulo. Tomei uns 5 copos de água dos filtros da Sabesp posicionados ali na dispersão e fui me encontrar com os companheiros de Equipe 100 Juízo e para novas sessões de fotos. Ali ficamos até o final da premiação de entrega dos troféus para prestigiar nossos atletas que chegaram entre os quintos melhores colocados de suas faixas etárias.

Parabéns galera!!

ATELMO FCO. DE ASSIS (ZEBRA) - 2°lugar - CATEGORIA: M-60-64
VANDER MACIEL - 5° lugar - CATEGORIA: M-35-39
ROSELI MARIA - 5° lugar - CATEGORIA: F-40-44
PATRICIA KOJIMA - 5° lugar - CATEGORIA: F-35-39

Com certeza pretendo retornar no ano que vem na próxima edição da Corrida General Salgado. Deixo as minhas melhores impressões da prova, achei o percurso bem desafiador, gostei da camisa, do kit pós prova e da medalha e da excelente organização. Recomendo a todos!!

Obrigado galera! Abraços, Ronnie

Resultado:
Tempo Bruto: 00:52:19
Tempo Liquido: 00:51:49
Colocação: 439º lugar geral e 74º lugar masculino 35-39 anos

Resultado na Web:
http://www.cronoserv.com.br/resultados/2011_03_20_GS_10K_geral_mf.txt

Álbum de Fotos

http://connect.garmin.com/activity/74108709

terça-feira, 1 de março de 2011

Meia Maratona Internacional de SP (27/02/2011)


Em meu primeiro relato não haveria melhor motivo do que de registrar a minha estréia em uma meia maratona, e aconteceu, foi no último domingo, dia 27/02/2011, na Meia Maratona Internacional de SP.

Jamais imaginaria que após um pouco mais de nove meses desde a minha estréia em uma prova que foi dia 23/5/2010 na corrida do SESI de São José dos Campos, nos 10 km, já estaria correndo os 21 km de uma meia maratona. É bom lembrar que há pouco tempo também faria a minha estréia nos 15 km na Corrida de Aniversário da Cidade Paraisópolis em 23/01/2011.

Mas nada é por acaso. Uma vez a meta definida no final de 2010, é hora de treinar. Foram quase dois meses de muito trabalho, dedicação e de superação até chegar o grande dia!

O grande dia chegou! Acordamos bem cedo (eu pulei da cama às 04h45) e após os rituais devidamente cumpridos (inclusive mandei ver no suco de beterraba com laranja batido com Smartshot para dar energia e melhorar a resistência), fomos (eu a Juliana) ao encontro do ônibus em frente ao Posto da Gruta (Jardim das Indústrias) com embarque marcado às 05h45 que levaria os integrantes da Equipe 100 Juízo e amigos, liderado pelo Capitão Zebra, para o nosso destino: Meia Maratona Internacional de SP.

Chegamos bem em cima, um pouco mais de 30 minutos antes da largada. Com a nova farda laranja e um short da mesma cor para combinar (lembrei da dica do Fábio Namiuti sobre não estrear nada novo em provas, confesso que me deu um pouco de frio na barriga, mas acabei pagando pra ver – ainda bem que não houve nenhum prejuízo), exceto as meias de cores amarelas, segundo a Juliana não combinava com o modelito laranja, mas como sou “meio” teimoso, usei mesmo assim, afinal o dia era de festa!
Ao nos dirigirmos para o local da largada, o Fábio Namiuti sugeriu uma parceria entre nós, incluindo o nosso companheiro Toninho, por temos ritmos bem parecidos. No meu caso, a idéia seria de manter um pace de 05:30 min/km. Mas essa união ficaria apenas no virtual, logo após nos separamos. Acabei deixando o nosso amigo Namiuti (em seu último ato de desespero, atendendo um chamado pela natureza) na fila dos disputados banheiros químicos e me dirigi para uma melhor colocação para largada. Neste momento não enxergava nenhum companheiro de Equipe, e nenhum sinal do Namiuti (rsrs...).

Pontualmente às 08h00 foi dada a largada. Passei pelo pórtico quase 3 minutos e meio após iniciada a prova. Não tão longe dali outros obstáculos à vista, verdadeiras muralhas humanas por algumas vezes me fazia correr de lado, “ziguezagueando” entre as pessoas, o que permitia perdas de preciosos segundos que poderia fazer falta no final da prova.

Durante os primeiros kms procurei não me empolgar muito, principalmente nos trechos de aclives, sempre cauteloso para manter um pace médio de 05:30 min/km, variando entre 05:47 min/km no km 1 à 05:18 min/km no km 8. Pois sabia que a prova só estaria começando.

Sempre garantindo meus copinhos de água em todos os postos de hidratação, pelo menos dois, um para beber e outro para me refrescar, e um gelzinho a cada 6 km, segui firme a cada km. Realmente os treinos de preparação para a prova me fizeram muito bem, a sensação de bem estar era tão boa que às vezes nem o calor me desanimava. Aliado aos gritos de incentivos dos companheiros de Equipe que já retornavam por alguns trechos, como o grande Capitão Zebra, Rafinha e Fábio Matheus, tudo ficara mais fácil.

Mas foi a partir do km 13 acabei subindo o meu pace médio para 05:40 min/km, e só melhorando no km 20 para 05:21 min/km, mas mesmo assim, a sensação de dever cumprido me contagiava, jamais havia tido tamanha alegria e felicidade numa prova, é impossível descrevê-la, só mesmo quem corre sabe do que estou falando.

O nosso guerreiro João Carlos estava certo, lá entre os kms 17 e 18 bate um cansaço, e parece que até completar os 21 km é uma eternidade, mas ainda bem que ele disse que esse sintoma só se manifesta numa estréia. Vamos ver como será na próxima!

E foi passando por estes kms que encontrei alguns companheiros de Equipe 100 Juízo, o Toninho, e depois pelo Tonico (sentindo uma câimbra, força na recuperação), e também pelo Cezinha, que por falta de treinos sentiu a prova e num ato heróico decidiu me acompanhar por alguns minutos, mas pela minha empolgação do final da prova, acabei me distanciando dele (nem acredito, o Cezinha corre muito, a próxima vez que isso acontecer só mesmo em sonho).

Completei a prova com um tempo líquido de 01:58:53 e pace médio: 05:32 min/km. Após a chegada me dirigi ao ponto de hidratação, bastante tumultuado por sinal, e cheguei até a tenda montada ali perto para retirar do meu kit, além de dois copos gatorade. Com a medalha no peito e o orgulho estampado no rosto a missão havia sido cumprida com total sucesso!

Agradeço ao amigo Wagner e a Tânia pela assistência prestada para com a Juliana, que se sentiu mal e teve que ser levada para atendimento de emergência no local. Eu não estava por perto na hora, mas vocês foram os verdadeiros Anjos da Guarda!

Encerro por aqui o meu primeiro relato de muitos que viram por aí, e aproveito para parabenizar todos os companheiros atletas da Equipe 100 Juízo e nossos amigos corredores que participaram desta festa, independente do resultado final, são todos vencedores, seja pela raça, garra, superação e, principalmente pelo espírito de amizade que nos unem e nos dá força para continuar sempre seguindo no caminho certo.

A minha próxima meia maratona já tem data marcada, e será dia 21/08/11 na Meia Maratona internacional do Rio. Espero encontrá-los novamente e alcançar mais este objetivo pessoal em 2011.

Obrigado galera! Abraços, Ronnie.

Resultado:
Tempo Bruto: 02:02:20
Tempo Liquido: 01:58:53
Colocação: 2318º lugar geral e 416º lugar masculino 35-39 anos

Resultado na Web:
http://www.chiptiming.com.br/resultados/meiamaratonasp

Álbum de Fotos

http://connect.garmin.com/activity/70429911
Vídeo da minha chegada por volta dos 15 segundos